segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Ativos Intangíveis - A nova economia!!!

Resenha do texto: UMA NOVA MATEMÁTICA PARA UMA NOVA ECONOMIA (Alan M. Webber – FastCompany)


O Professor Baruch Lev de Contabilidade e Finanças da Escola de Negócio Leonard N. Stern da Universidade de Nova York afirma que o método a qual as empresas contabilizam seus lançamentos e elaboram os relatórios financeiros a mais de 500 anos praticamente tudo está errado. E propôs um novo método que determinará os valores dos ativos intangíveis, hoje esses ativos somam o núcleo da nossa economia.
O Professor Baruch também é enfático em detalhar a ciência contábil como exatidão dos números sólidos com profissionais detalhistas, expertise em suas técnicas contábeis, responsáveis e habilitados em executar tomada de decisão sobre os lucros e perdas da Organização. Uma ciência crescente e demandada por todos os segmentos. No entanto argumenta que nem sempre um bom contador garantirá uma boa visão sistêmica do negócio e do ambiente. Isso se dá pela importância da nova economia gerada pelos ativos intangíveis como, por exemplo, as idéias, marcas, patentes, métodos de trabalho e franquias. Este assunto afeta gerentes e analistas que ainda não sabem como lidar e tão pouco avaliar a contribuição e o desempenho que esses ativos proporcionam. Este fato gera um dúbio em explicar se uma determinada empresa está pagando a mais – supervalorizado – por um ativo baseado no conhecimento. Questões como essa não podem ser respondidas pelos métodos contábeis atuais.
Baruch é o mais articulado, cuidadoso e crítico quando o assunto é contabilidade tradicional, assim lançou-se como o pioneiro da pesquisa e desenvolvimento da contabilidade baseado no conhecimento e desenvolveu o “Knowledge Capital Scoreboard” método que consegue imputar a quantificação de números aos ativos intangíveis. Os ativos intangíveis estão substituindo os ativos físicos gradualmente nos últimos anos e os economistas apontam um cenário de transformação nos fatores de produção das empresas que geram valores e crescimento. Por outro lado a estagnação da mensuração contábil de todo o sistema não consegue acompanhar os avanços que os ativos intangíveis vêem provocando e afetando na tomada de decisão nos negócios. Não resta dúvida que os ativos intangíveis estão se tornando importantes, por isso há necessidade de acompanhar e estimar números para esse crescimento e transformação econômica.
Tentar definir uma conceituação ampla para ativos intangíveis torna-se difícil, nessa tentativa o Professor Baruch agrupou o assunto em quatro categorias, são elas: inovação do produto, associados com a marca, ativos estruturais e monopólio. O primeiro fala do esforço que a pesquisa e o desenvolvimento favorecem, o segundo relata sobre a força da marca da companhia permitindo alavancar seus preços e ainda sobressair na concorrência. O terceiro comenta a eficiência de fazer negócio – diferencial e por último o privilégio (método, instalações, etc.) que produzem barreira de entrada que eventuais concorrentes deveram passar. Um exemplo prático para esta ilustração é o caso da AMR Corp. uma empresa poderosa com 700 jatos e 100.000 funcionários. A diferença prática estar na limitação que os ativos tangíveis podem alavancar, você não consegue operar um mesmo avião em cincos rotas diferente ao mesmo tempo, mas consegue utilizar simultaneamente o sistema de computador da AMR Corp. o SABRE em cinco rotas diferente. A limitação do ativo intangível é abrangência do seu mercado, ou seja, uma economia de escala – maior a rede maior o retorno. Adquirir ou desenvolver um ativo de conhecimento não são caros, mas administrar sim. Outro lado negativo de implantar ativos de conhecimento ressai sobre invasão, violação e roubo de direito de propriedade dos ativos intangíveis, por exemplo, software. Por último a incerteza de retorno sobre o investimento ainda que seja uma grande idéia e um ótimo benefício. Os tangíveis saem na frente neste retorno.
A ciência contábil se baseia em comparação – receitas com suas respectivas despesas seu resultado é o lucro ou prejuízo, a outra parte da contabilidade é registrar as transações – criação e destruição de ativos. E é nesses lançamentos contábeis que o sistema falha quando tratamos de ativos de conhecimento seus valores são criados e destruídos sem que haja transações (maior parte da criação ou destruição precede qualquer transação). Há exemplo disso são os medicamentos aprovados e testados gerando um valor para esta descoberta, não houve troca ou transações (compra e venda), mas o valor foi gerado e tornou-se valioso. No caso de destruição quando uma empresa demora entrar no comércio eletrônico e suas parcelas estão sendo destruídas, não houve registro dessa transação. São estas dicotomias que pairam na contabilidade.
As barreiras de mudanças para esta nova economia esbarram na: dificuldade objetiva e na coalizão informal. Como os ativos do conhecimento são ligeiramente incertos e seus problemas de direitos de propriedade intelectual ainda são confusos, continua a luta por uma solução e definição adequada para sua aplicação sem gerar novos problemas. A segunda dificuldade de implantar mudanças está na oposição do sistema atual, não querem colocar um ativo que poderá não gerar valor ou perder valor. Se não for necessário de avaliar ativos intangíveis diminuirá a responsabilidade legal e também economistas, administradores e contadores estão satisfeito com o sistema atual.
As soluções propostas pelo professor Baruch está em seu trabalho, nem todas completas, porém todas úteis uma delas é aperfeiçoar o sistema contábil como um sistema eficiente da tomada de decisão e não tentar buscar algo novo por dizer que a contabilidade está morta. Sua outra proposta é seu trabalho de desenvolvimento um sistema que mensura ativos de conhecimentos e seus ganhos (intelectual/conhecimento) chamado de “lucros normalizados” método que é baseado nos lucros passados e futuros – olha o passado e também projeta o consenso futuro. O que não é possível com a contabilidade atual sem considerar ganhos futuros gerado pelo conhecimento. Ele cria uma média dos lucros normalizados e a partir destes resultados subtrai o retorno sobre os ativos físicos e financeiros – a base da sua teoria é que estes ativos são substituíveis. Tomamos como exemplo um laboratório de pesquisa de desenvolvimento com diversas unidades o seu pessoal assim como sua patente e seu conhecimento são exclusivos os equipamentos não. Assim o professor subtrai dos lucros normalizados um retorno razoável sobre aqueles ativos físicos e financeiros e então definindo o restante como lucro do conhecimento. Seus cálculos estão presentes nos ativos de conhecimento da Microsoft, Intel e Merck. E as compara com outras companhia como, por exemplo, a DuPont afirmando que não há muita lucratividade extraordinária. Segundo seus cálculos o professor obteve performance bem melhores que as projeções de lucro contábil.
O aprimoramento da ciência contábil estimula diversos profissionais que contribuem para melhora da nossa economia mundial sua boa prática e estudos beneficiam analistas, investidores e pessoas comuns, graças a esses profissionais estamos alcançando o desenvolvimento do conhecimento e elevando a cada dia nossa performance de entender como as coisa funcionam reduzindo a incerteza no processo de avaliação e assim minimizando o risco porque o mundo demanda qualidade de informações contábeis.

Obrigado!

William César

terça-feira, 14 de julho de 2009

Está em alta o mercado para Administração e Engenharia


A Pesquisa realizada pela Ricardo Xavier Recursos Humanos mostra que os profissionais das áreas administrativa foram os mais requisitados do mercado em junho. Correspondeu a um percentual de 15% do total das 1.854 novas posições geradas durante esse mês. No mês de maio, foram responsáveis por 14% das contratações. A base de dados mostra que a criação de empregos em junho não teve o crescimento esperado para essa época do ano: um declínio de 10% no surgimento de novas oportunidades.

Os cursos de Engenharia e administração continuam no topo da lista das graduações mais solicitadas, com 18% e 16%. No terceiro lugar vêm os profissionais da área financeira, ciências contábeis, com 7%. As demais se dividiram entre as áreas de economia (5%), publicidade, propaganda e marketing (3%), psicologia (3%), direito (2%), análise de sistemas (2%), tecnologia da informação (2%), arquitetura (1%), comércio exterior (1%) e farmácia e bioquímica (1%).


Fonte: Zero Hora

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Petrobras é multada por excesso de Funcionários Terceirizados

Extrato da Matéria do Jornal Globo 08/07/2009. Abaixo meu comentário.



A Petrobras foi condenada pela 69ª Vara do Trabalho da 1ª Região a pagar R$ 30 milhões de multa por ter contratado funcionários terceirizados para exercer funções próprias à atividade da empresa. A decisão, da juíza Maria Letícia Gonçalves, determina que os recursos sejam repassados ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).
A decisão acolheu pedido da Procuradoria Regional do Trabalho da 1ª Região, que aponta a existência de 190 mil empregados terceirizados na estatal e 49,8 mil servidores concursados. A discrepância entre esses números teria convencido a juíza, segundo a Procuradoria, de que a estatal estaria terceirizando mão de obra, o que é vedado pela legislação trabalhista.
Procurada, a Petrobras confirmou já ter sido notificada e informou que vai recorrer da decisão.
O procurador do trabalho Rodrigo Carelli, responsável pela ação desde 2007, também decidiu recorrer da decisão. Segundo ele, o pedido do Ministério Público do Trabalho (MPT) era de uma multa de R$ 100 milhões, além da contratação dos aprovados em concurso de 2005, que constavam do cadastro de reserva da empresa, mas que não foram chamados para trabalhar, apesar de a companhia ter feito novo concurso em 2007.
Carelli afirmou que a terceirização verificada pelo MPT na Petrobras não seguiu a lógica do corte de custos, pois, segundo ele, foram encontrados funcionários contratados com salários maiores que os dos funcionários concursados. Ele diz que também foi verificado que parte dos terceirizados foi indicada por pessoas ligadas à estatal.
Na decisão, a juíza afirmou que a multa é uma compensação pelo dano causado à coletividade dos trabalhadores e determinou que a Petrobras verifique "o número de trabalhadores necessários para exercer as atividades meio e as especialidades de apoio, e o número de trabalhadores terceirizados executando tarefas típicas de sua atividade fim ou específicas de seus objetivos sociais".
O MPT lembra que a estatal tem prazo de seis meses para lançar o edital de concurso para o preenchimento das vagas que permitirão a substituição dos trabalhadores terceirizados em situação irregular em todo o Brasil.
A juíza ressaltou, em sua decisão, que "a doutrina e a jurisprudência somente admitem a contratação de forma intermediada para serviços de vigilância, conservação e limpeza, bem como aqueles especializados ligados à atividade meio.
COMENTÁRIOS:


Boa notícia para os concursando que gostam dessas informações, o impasse agora é saber quando será elaborado o Edital de Publicação do concurso, tendo em vista que as eleições estão se aproximando e com isso não se pode lançar concurso sem antes aprovado antecipadamente. Também não se pode negligenciar o aumento do desemprego que essa ação provocará, aumentando a projeção percentual do nível de desemprego do país, onde a Petrobras atua em território nacional, 190m mil terceirizados é um número muito expressivo ainda mais no cenário de crise que o mercado enfrenta. A oferta de emprego ainda é escassa, vale uma sugestão para o DP RH da Petrobras oferecer consultoria de recolocação aos funcionários demitidos o conhecido outplacement. Aguardamos o andar dessa informação e que fim isso trará.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Menos impostos mais compras



Com a prorrogação da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI que envolve os automóveis, eletrodoméstico e materiais de construções o Produto Interno Bruto – PIB projeta um aumento percentual para este ano. Sem os estímulos ficais haveria uma queda perto dos 5% na produção industrial. Dados do Instituto de Estudo de Desenvolvimento Industrial – Iedi. Este pacote de incentivo aumentou as vendas no varejo, decorrente do aumento da oferta de crédito o maior risco agora é não houver produto nas lojas por isso a escala de produção foi aumentada para atender a demanda local.

As medidas monetárias foram as mais eficazes a taxa básica a Selic caiu de 13,75% para 9,25% o Conselho Monetário Nacional definiu e repetiu a meta de inflação para 2011 a mesma dos últimos 5 anos 4,5% pelo IPCA.






























Venda da participação da VisaNet


Antes do anuncio da oferta pública das ações da VisaNet, Bradesco e Banco do Brasil vão registra ganhos em torno de R$ 3,5 bilhões com a venda de suas participações na administradora de cartões de crédito VisaNet. O Bradesco vendeu 10,5% de sua participação de 28,76% e o BB vendeu 7,05% antes participação de 31% na empresa VisaNet.


Em seu primeiro dia de negociação o papel da VisaNet registrou alta de de 11,08% cotadas em 16,77 a companhia passa a ser a 14º maior empresa de capital aberto na Bovespa.

Renda variável vs Renda Fixa

Neste mês de julho a Associação Nacional dos Bancos de Investimento – Anbid, divulgou dados do desempenho do mercado financeiro os investimento de renda variável lideraram a rentabilidade perante outros investimentos.


Entre janeiro e junho fundos em % (média):

FGTS-Petrobras 43,62%
Ibovespa 37,06%
Ações indexado ao IBOVESPA 30,74%
FGTS-Vale 27,91%
Fundos DI 5,36%
Renda Fixa 5,55%
CDBs 4,54%
Poupança 3,60%
Dólar -15,85%


Apesar da crise as aplicações em renda variável somam os melhores investimento nesse atual cenário econômico a BOVESPA tem perdas de quase zero 1,29% aos 51.465 pontos. O mercado brasileiro está surpreendendo as demais economias mundiais o índice Dow Jones acumula perda de 3,75% no período. Nos últimos seis meses a entrada de capital estrangeiro aumentou confirmando o melhor desempenho da Bovespa durante a crise. O dólar registra quedas diárias.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Passeio Econômico (COPOM, BOVESPA e DOLAR)


19 de Junho de 2009,


Mas uma decisão do colegiado em corte de 100 bps e o fiel controle da inflação foram os sinais em que o COPOM pretende flexibilizar a política monetária, porém a preocupação com a atividade econômica do pais continua sendo trabalhado.


A BOVESPA depois de quatro dias de pregões em queda começa a registrar um volume de ações transacionadas de forma ativa tudo indica que hoje será um dia de mercado de compra, já o Ibovespa registra nesta manhã pontos de 51.567. O Dolar opera em queda de 0,76% cotado a R$ 1,958.


No comércio o retorno de cheque sem fundos foi o maior já registrado desde 1991.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Nova Carteira sugerida da Corretora ATIVA

Lojas Americanas (LAME4) – As vendas da empresa se beneficiam duplamente da redução do IPI, via lojas físicas e através de sua controlada B2W. Destacamos também o efeito positivo da queda da taxa de juros sobre a despesa financeira, dado o alto grau de alavancagem de Lojas Americanas. EV/EBITDA 09E 9,7x.

Vale (VALE5) – Fluxo de notícias positivo para o papel: (i) produção de aço bruto na China de 46,5 milhões de ton em maio, perto do recorde histórico; (ii) preços de aço em alta em várias regiões, inclusive na China; (iii) maiores preços de minério de ferro no mercado spot; (iv) aumento das apostas de que a China não conseguirá um desconto no minério mais significativo que os japoneses. EV/EBITDA 09E 9,0x.

Eletropaulo (ELPL6) – Papel defensivo: fluxo de dividendos significativo que tende a se manter elevado no médio prazo e resultados com bom nível de previsibilidade. Negociada a múltiplos descontados em relação às suas peers, com EV/EBITDA 09E de 3,6x, ante Equatorial Energia, que opera a 4,4x, e Coelce, a 3,9x.

Marcopolo (POMO4) – Os principais drivers são: (i) crescimento da produção em sua joint venture na Índia, de 400 unid./mês no 1T09 para 1.000, (ii) perspectiva de bons resultados no 2T09, dada a fraca base de comparação no 2T08, com a implantação do SAP, (iii) possibilidade de liberação de empréstimo, pelo Ministério das Cidades, de R$1 bilhão para renovação da frota de ônibus urbanos. EV/EBITDA 09E de 6,2x.

Banco do Brasil (BBAS3) – O movimento de retomada da recuperação do crédito beneficia o BB, bem como a extensa capilaridade da instituição, efeito flight to quality e boas perspectivas para o setor agrícola. Além disso, BBAS3 está sendo negociado a 1,7x P/BV E09, o qual acreditamos que ainda possui espaço para recuperação ante a média setorial de 2,2x.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Compra do Banco ibi pelo Bradesco

Tudo indica que as negociações estão avançadas para a compra do Banco ibi pertencente a rede C&A pelo Banco Bradesco. Estima-se que o Ibi esteja avaliado em R$ 1,5 bilhão a R$ bilhões. Os executivos envolvidos devem anunciar ao longo desta semana novas posições sobre esta negociação.
Desde a sua criação o Ibi opera no financiamento de vendas da rede C&A (150 lojas ibi e 150 lojas C&A), linha de crédito pessoal, empréstimos, seguros, capitalização e administra as bandeiras Visa e Mastercard de seus cartões. Assim o Bradesco aumentará sua participação no segmento de cartões varejistas. A Ibi ocupa hoje uma carteira de 23 milhões de clientes.

Hoje o ranking dos cartões estão assim distribuídos: Itaú Unibanco, Banco do Brasil, Bradesco e ibi.

Esta operação estratégica irá manter a competitividade do Bradesco frente à linha de crédito direto ao consumidor de seus concorrentes.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Mudo o nome mais não o produto


Nem Sadia e nem Perdigão o nome agora é BRF (Brasil Foods S.A.), mas os produtos preferido dos consumidores da Sadia e Perdigão, não serão afetados pela fusão.

Carteira Sugerida

A Corretora ATIVA divulgou esta semana sua Carteira de Ações sugerida, confira abaixo:

*Eletropaulo (ELPL6) – Papel defensivo: fluxo de dividendos significativo que tende a se manter elevado no médio prazo. Resultados com bom nível de previsibilidade. Negociada a múltiplos descontados em relação às suas peers, com EV/EBITDA 09E de 3,5x ante Equatorial Energia, que opera a 4,2x, e Coelce, distribuidora do estado do Ceará, a 4,4x.

*Pão de Açúcar (PCAR4) – Opção defensiva, na medida em que seu mix de vendas é constituído principalmente por itens alimentícios. Considerando que ainda há incertezas quanto à velocidade de retomada do consumo no país e expectativas de aumento do desemprego, o papel está defasado frente ao setor. EV/EBITDA 09E 6,9x, vs. de 7,6 das peers.

*Itaúsa (ITSA4) – Veículo de compra de Itaú Unibanco, com desconto de 22% sobre ITUB4. Por ser a controladora do banco, se beneficia dos ganhos de escala e das sinergias auferidas na fusão entre os bancos, as quais deverão ser melhor aproveitadas a partir do 2T09. Além disso, o Itaú Unibanco está entre os bancos mais rentáveis do setor. Múltiplo P/L 09E de ITSA4 de 7,8x.

*Açúcar Guarani (ACGU3) – A Guarani é negociada a múltiplos abaixo de suas peers, com EV/Capacidade de moagem de R$114/ton, ante média de R$162/ton do setor, e se apresenta como uma boa opção de investimento no curto prazo. A tese é reforçada pela manutenção do patamar de preços do açúcar acima de USD 15 cents/libra peso.

*Marcopolo (POMO4) – Marcopolo mais uma vez deverá apresentar um bom resultado no 2T09, dado (i) o crescimento da produção em sua joint venture na Índia de 400 unid./mês no 1T09 para 1.000, (ii) fraca base de comparação no 2T08, com a implantação do SAP ano passado, (iii) possibilidade de liberação de empréstimo, por parte do Ministério das Cidades, de R$1 bilhão para renovação da frota de ônibus urbanos.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

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quarta-feira, 20 de maio de 2009

Palavra do Presidente

Em viagem política a China afirma:

"O Brasil precisa parar de se enxergar pequeno. O problema é que o Brasil tem mania de se achar pequeno"

Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva

Cadastro e Histórico Financeiro dos Consumidores

Em Brasília a Câmara dos Deputados aprovou na noite desta terça-feira, por 307 a 79 votos, um projeto que deve cria ferramenta contra a inadimplência no setor, o "cadastro positivo de consumidores", este banco de dados informará os bons pagadores da praça. Este projeto é considerado pelos economistas uma ferramenta importante para redução dos juros e do spread no país. Com esse cadastro os bancos e financeiras poderão analisar e medir o grau de endividamento total do consumidor com base no seu histórico de pagamento registrados. Mas para se tornar lei é preciso passar pelo Senado e ser sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.Essa prática criara uma caça aos bons pagadores da praça e aumentar a proteção do crédito aos comerciantes. Atualmente as consultas possuem a resposta se o cliente é ou não inadimplente. Contudo só é permitido esse cadastro com a devida permissão do cliente.

PERDIGÃO & SADIA

Com essa incorporação a gigante do frango aumenta sua participação do mercado:
Esta manhã foi divulgado que a Perdigão e Sadia anunciaram a assinatura de um
acordo de associação entre ambas as companhias. Uma operação que resultará na incorporação da Sadia pela Perdigão, através de trocas de ações.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Taxas de Juros

Esta postagem é uma cópia integral do material de estudo do Professor JARBAS THAUNAHY da Faculdade Mauá. Material que serviu para compreensão do tema.

No mercado financeiro utiliza-se as taxas de juros para remunerar o valor do dinheiro no tempo. Vale comentar que dependendo da operação financeira, será utilizado um tipo de taxa apropriado para a base de cálculo. São elas as taxas operante em nosso sistema:

Taxas proporcionais são taxas de juros fornecidas em unidades de tempo diferentes que, ao serem aplicadas a um mesmo principal durante um mesmo prazo, produzem um mesmo montante acumulado no final daquele prazo, no regime de juros simples.

* 12% ao ano é proporcional a 6% ao semestre;
* 1% ao mês é proporcional a 12% ao ano.

Taxas equivalentes são taxas de juros fornecidas em unidades de tempo diferentes que ao serem aplicadas a um mesmo principal durante um mesmo prazo produzem um mesmo montante acumulado no final daquele prazo, no regime de juros compostos.
O conceito de taxas equivalentes está, portanto, diretamente ligado ao regime de juros compostos.
Assim, a diferença entre taxas equivalentes e taxas proporcionais se prende exclusivamente ao regime de juros considerado. As taxas proporcionais se baseiam em juros simples, e as taxas equivalentes se baseiam em juros compostos.

Taxa nominal é a taxa de juros em que a unidade referencial de seu tempo não coincide com a unidade de tempo dos períodos de capitalização. A taxa nominal é sempre fornecida em termos anuais, e os períodos de capitalização podem ser semestrais, trimestrais, mensais ou diários. São exemplos de taxas nominais:

* 12% ao ano, capitalizados mensalmente;
* 24% ao ano, capitalizados semestralmente;
* 10% ao ano, capitalizados trimestralmente;
* 18% ao ano, capitalizados diariamente.

A taxa nominal, apesar de bastante utilizada no mercado, não representa uma taxa efetiva e, por isso, não deve ser usada nos cálculos financeiros, no regime de juros compostos.
Toda taxa nominal traz em seu enunciado uma taxa efetiva implícita, que é a taxa de juros a ser aplicada em cada período de capitalização. Essa taxa efetiva implícita é sempre calculada de forma proporcional, no regime de juros simples.
Conforme podemos observar, a taxa efetiva implícita de uma taxa nominal anual é sempre obtida o regime de juros simples. A taxa anual equivalente a essa taxa efetiva implícita é sempre maior que a taxa nominal que lhe deu origem, pois essa equivalência é sempre feita no regime de juros compostos. Essa taxa anual equivalente será tanto maior quanto maior for o número de períodos de capitalização da taxa nominal.

Taxa efetiva é a taxa de juros em que a unidade referencial de sue tempo coincide com a unidade de tempo dos períodos de capitalização. São exemplos de taxas efetivas:

* 2% ao mês, capitalizados mensalmente;
* 3% ao trimestre, capitalizados trimestralmente;
* 6% ao semestre, capitalizados semestralmente;
* 10% ao ano, capitalizados anualmente.

Nesse caso, tendo em vista a coincidência nas unidades de medida dos tempos da taxa de juros e dos períodos de capitalização, costuma-se simplesmente dizer: 2% ao mês, 3% ao trimestre, 6% ao semestre e 10% ao ano.
A taxa efetiva é utilizada nas calculadoras financeiras e nas funções financeiras das planilhas eletrônicas.

A taxa acumulada de juros com taxas variáveis é normalmente utilizada em situações de correções de contratos como, por exemplo, atualização de aluguéis, saldo devedor da casa própria e contratos em geral.
A composição das taxas pode ocorrer de duas formas, com taxas positivas ou com taxas negativas.

A taxa real de juros nada mais é do que a apuração de ganho ou perda em relação a uma taxa de inflação ou de um custo de oportunidade. Na verdade, significa dizer que taxa real de juros é o verdadeiro ganho financeiro.
Se considerarmos que uma determinada aplicação financeira rendeu 10% em um determinado período de tempo, e que no mesmo período ocorreu uma inflação de 8%, é correto afirmar que o ganho real desta aplicação não foram os 10%, tendo em vista que o rendimento correspondente sofreu uma desvalorização de 8% no mesmo período de tempo; desta forma temos de encontrar qual o verdadeiro ganho em relação à inflação, ou seja, temos de encontrar a taxa real de juros.

A taxa aparente é a taxa que se obtém numa operação financeira sem se considerar os efeitos da inflação.
Se a inflação for zero, a taxa aparente e a taxa real são iguais.

A taxa over equivalente é uma taxa usada pelo mercado financeiro para determinar a rentabilidade por dia útil, normalmente é multiplicada por 30 (conversão do mercado financeiro). Nas empresas, em geral, é utilizada para escolher a melhor taxa para investimento.
Esta prática ganhou maior importância principalmente no início dos anos 90. Várias aplicações são efetuadas tomando como base os dias úteis; entre elas temos as operações de CDIs – Certificados de Depósitos Interbancários.

A taxa média de juros tem como base teórica o conceito estatístico da média geométrica.
Do ponto de vista da matemática financeira, podemos calcular a taxa média de um conjunto de taxas extraindo a raiz enésima, tomando-se como base o número de termos do próprio conjunto de taxas.


Referências bibliográficas

* BRANCO, Anísio Costa Castelo. Matemática financeira aplicada: método algébrico, HP-12C, Microsoft Excelâ. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002.

* PUCCINI, Abelardo de Lima. Matemática financeira: objetiva e aplicada. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2004.

Da década perdida ao milagre econômico

Para este estudo analisaremos a economia brasileira durante o período compreendido entre 1960 à 1973, uma década conturbada cheio de mudanças principalmente no sistema político. O Brasil troca a democracia para vive um regime militar, esses militares implantaram no país uma linha de imposição ditatorial fortemente autoritário. Até a fase em que o Brasil vive seu melhor período da década o milagre econômico onde a média de crescimento do PIB girava em torno de 9% à 10% a.a, uma ampla liquidez que coincide com o crescimento econômico do país.
Podemos dizer que aceleração da inflação foi a maior herança que esta década recebeu do último governo, uma inflação monstruosa que chegava ao nível dos 90% em 1964, isso sem comentar a falta de investimentos nos diversos setores da economia, principalmente a infra-estrutura e a baixa taxa de crescimento da história brasileira. Muitas foram às explicações para crise principalmente a instabilidade política, quando Jânio Quadro assume o Governo, um homem conservador com uma política de moralizar a administração publica e acabar com a corrupção; estranhamente em agosto de 61 ele renuncia a presidência e assume o poder o vice eleito João Goulart, que teve dificuldade para tocar o mandado, permaneceu no exterior por causa dessa dificuldade e quando retornou o regime político estava sendo governado pelo parlamentarismo. Com Jango a frente foi realizado um plebiscito para retomada do sistema presidencialista. Devido as inúmeras turbulências no sistema político, uma iniciativa militar toma o poder – o golpe militar. A falta de harmonia no quadro político dificulta o calculo econômico do país para se projeta uma economia sólida e consistente e diminui a visão de longo prazo dos investimentos e do crescimento econômico. A luta de classe também foi um fato marcante da década de 60: povo vs elite.
Outra explicação para a crise foi o avanço acelerado da inflação, observando os instrumento de política econômica o Brasil adotou a política econômica restritiva onde buscou conter e controlar os gastos público, diminuir a liberdade creditícia e combater o excesso de política monetária. Mas é em 1965 que as taxas de inflação começaram a ser melhor controladas após ascensão ao poder militar. Devido a pouca efetividade da política no combate a inflação – instabilidade política econômica e falta do tempo de maturação da economia. A segunda fase da crise foi a visão estagnacionista, processo da industrialização por substituição de importações. A qual esse processo exige mais recursos financeiros e tecnológicos. Esses setores substituídos tiveram ganhos de grande escala exigindo assim também uma demanda maior, era necessário desenvolver o setor de bens de capitais e ampliar o setor de bens intermediários que estavam defasados e não suficientes para escala produtivas dos novos setores. Uma relação da demanda derivada e demanda primária. Outro ponto a ser abordado para a crise foi a necessidade de reformas institucionais, frente a ausência de investimentos no mecanismo de financiamento, visto que o setor público encontrava em déficit público – gastos realizados no Plano de Metas do Governo de JK. Nessas reformas vislumbrava a expansão do mercado consumidor e a identificação dos problemas que deteriorava a educação do país e impedia o desenvolvimento do crédito do consumidor. Viver com os altos índices de inflação nesta década era difícil principalmente quando não se tinha um instrumento de política monetária-fiscal.

Plano de Ação Econômica do Governo – PAEG
Em 1964 de forma autoritária e ditatorial quando os militares tomam o poder, assumem para si uma herança do governo anterior: instabilidade econômica, elevação da inflação e baixo crescimento econômico. O regime militar lançou um plano para conter esses avanços negativos, chamado: Plano de Ação Econômica do Governo – PAEG. Tinha como objetivo resolver os problemas econômicos como: retomada da estabilidade econômica (setoriais e regionais), acelerar o desenvolvimento econômico, conter o processo inflacionário, aumentar os investimentos gerando mais empregos e corrigir o desequilíbrio externo. Seu plano de ação foram:
Medidas de combate à inflação: Uma medida pessoal de lidar com a inflação trouxe a idéia de correção monetária dos valores à inflação e o tratamento gradualista em controle a aceleração inflacionária. Uma peculiaridade que resultou a queda da inflação para 20% a.a.
Veja algumas medidas de combate à inflação: redução do déficit publico, através da reforma tributária e aumento das tarifas públicas; restrição de crédito e aperto monetário o aumento da taxa de juros reais. Houve uma grande onda de falências, fusões e incorporações nos setores de vestuários, alimentos e construção civil; e existência de uma taxa de desemprego baixa trouxe o Governo adotar reajustes salariais, via política salarial objetivando conter as reivindicações.
Reformas institucionais: Foi identificada como ponto básico para esta reforma, a ausência de correção monetária numa economia com altíssimas taxas inflacionárias.
Veja algumas reformas institucionais: conjugada à Lei da Usura; Lei do Inquilinato; e a existência da desordem tributaria decorrido da ausência de correção monetária estimulava o atraso dos pagamentos para os casos de débitos fiscais para o caso dos ativos e do patrimônio das empresas apuração da tributação de lucros ilusórios.
Outras principais reformas foram:
Reforma Tributária: deu aumentou da arrecadação constituindo-se em um importantíssimo instrumento político. Outros elementos desta reforma:
· Introdução da correção monetária no sistema tributário;
· Alteração do sistema tributário o que transformou os impostos do tipo cascata em impostos do tipo valor adicionado. Criação do IPI, ICM e ISS;
· Alteração do espaço tributário onde a União ficou com o IPI, IR, impostos únicos, impostos de comércio exterior e ITR, os Estados ficaram com ICM, ISS e o IPTU, os Municípios ficaram com que se baseavam em parcelas do IPI, do IR e do ICMS. Sua distribuição se deu baseado na área geográfica, na população e no inverso da renda per capita fim favorecer os estados mais pobres; e
· Surgimento do FGTS e do PIS importantes fontes de poupança compulsória, destinada ao setor publico.
Reforma Monetária-Financeira: criar condições de condução independente da política monetária fim direcionar seus recursos nos montantes adequados para atividade econômica do país. Sua reformas:
· Instituição da correção monetária e a criação da ORTN (com a correção monetária tornou-se sem sentido a Lei da Usura), estimulando a poupança e a ampliação da capacidade de financiamento da economia a partir da permissão da prática de taxas de juros reais positivas.
· Criação do CMN e do BACEN. O CMN passou a ser o órgão normativo da política monetária onde define as regras e as metas a serem seguidas e o BACEN o agente executor da política monetária e também o agente fiscalizador e controlador do sistema financeiro. O BB constituía-se como agente bancário do Governo. Com essas criações procurou-se criar maneiras para que a política monetária fluísse de forma independente;
· Criação do SFH e do BNH. O SFH tinha como objetivo acabar com o déficit habitacional devido a ausência de financiamento do setor onde adotou linhas de recursos e agentes específicos. Já o BNH desempenharia a função de regulamentar e fiscalizar a atuação dos agentes do sistema (banco dos bancos no SFH) e também prestar serviços de assistências à liquidez. O FGTS, as letras imobiliárias e as cadernetas de poupanças eram as fontes de recursos utilizados para esta facilidade; e
· Reformas do mercado de capitais o que definia as regras e atuações deste mercado. Este quadro baseou-se no modelo norte-americano.

Reforma da Política Externa: esta reforma estimulava o desenvolvimento econômico sem agressão da Balança de Pagamento, onde atuava em melhorar o comércio externo do brasileiro para atrair capital de outros paises.
· Incentivos fiscais para estimular as exportações, modernização do órgão publico com o comércio internacional. Para os produtos importados adotou-se uma política tarifária como forma de controle, a simplificação e unificação do sistema cambial foi a principal medida adotada na área do comércio externo. Para atrair capital estrangeiro houve necessidade de reaproximação com a política externa norte-americana (Aliança para o Progresso), renegociação da dívida externa e ligações com o sistema financeiro internacional.

O PAEG reformou todo o sistema econômico brasileiro dando viabilidade e retomada do crescimento, para o Estado aumentou sua capacidade de intervenção na economia e como resultado principal o Governo conseguiu reduzir os altos índices inflacionários.

O milagre Econômico

Este foi o cenário econômico do país que teve as maiores taxa de crescimento do produto brasileiro e estabilidade dos preços na história. A média de crescimento do país estava acima dos 10% a.a e um destaque para o produto industrial, uma alta performance decorrido das reformas institucionais e da recessão do período anterior devido a ociosidade industrial possibilitando a retomada da demanda. Notavelmente esse milagre econômico coincide negativamente com o período de maior repressão política do slogan “Brasil ame-o ou deixe-o” onde o regime militar justificava sua atuação para colocar ordem na desordem econômica e política fim colocar o Brasil na rota do desenvolvimento, também foi um bom período para a classe média, a mais favorecida por este cenário onde se podia observar um grande poder aquisitivo – compra de carros. Todos esses resultados foram diretrizes do Governo que tinha como premissa colocar o crescimento econômico do país como objetivo principal, contendo o avanço da inflação, porém aceitava-se um convívio de uma taxa de inflação de 20% a 30% a.a, à chamada política gradualista. A inflação de demanda como era vista passou a ser observada como uma inflação de custos que resultou na criação do Conselho Interministerial de Preços – uma política de controle de preços. A injeção dos investimento estaria no setor privado onde o Estado teria menor atuação. Esse crescimento trouxe muitos resultados como a retomada do investimento público em infra-estrutura o que possibilitou a recuperação financeira do setor devido as reformas e os mecanismo de endividamento interno. Com o aumento dos investimentos tivemos as iniciativas estatais com a criação da Petrobrás e a antiga Vale do Rio Doce foram grandes marcos de empresas estatais. Após a reforma financeira tivemos uma demanda por bens duráveis devido à grande expansão do crédito ao consumidor, essa expansão do mercado consumidor trouxe fartos crescimentos. Pegando carona no crescimento a mercado de construção civil teve seus bons resultados, 15%a.a devido a injeção dos investimento público neste campo. Nossas exportações crescia a cada melhora nas negociações de política externa e incentivos fiscais, aumentando assim o volume de exportações. Os setores econômicos que tiveram desempenhos modestos foram os setores de bens de consumo leve não duráveis com a agricultura. O setor de bens de capitais teve leve crescimento devido a capacidade ociosa na primeira fase e com o tempo tivemos um aumento desta demanda por bens de capital o que fez resultar o maior crescimento na segunda fase. Para o setor de bens intermediários a taxa alcançou 13,5 a.a.
Outra abordagem da historia da economia brasileira desta década foi à expansão econômica do setor de bens de capitais e de bens intermediários que geraram pressões por importações, essas pressões poderia levar o país captar recursos externos para cobrir a balança de pagamento se não fosse o crescimento das exportações do comércio brasileiro. A primeira onda da dívida externa no período cresceu para U$ 9 bilhões. Para este aspecto destacamos a elevada participação e intervenção do setor publico na economia onde o Estado controlava os principais preços da economia (câmbio, salário, juros e tarifas) e respondia pela maior parte de investimentos da administração publica as empresas estatais respondiam por 50% da formação bruta de capital por meio de captação de recursos. Esta concentração de renda foi a principal crítica para este milagre. Uma concentração estratégica necessária para aumentar a capacidade de poupança da economia, financiar os investimentos e como efeito o crescimento econômico, essa teoria ficou conhecida como a teoria do bolo, onde o bolo deveria crescer primeiro para que depois todos pudessem usufruir. Porém o bolo econômico cresceu mas não foi dividido igualmente entre as partes. Nesta fase do bolo econômico o país demandava mão-de-obra qualificada dada à escassez dos profissionais especializados, houve então um aumento da renda desses profissionais qualificados já que a oferta estava em alta. O aumento da renda per capita da população cresceu e as classes ricas e médias foram as mais favorecida nas melhorias de condições de vida. Vale notar que o Brasil teve crescimento econômico e não desenvolvimento econômico.

Modernização Agrícola
Visando a modernização agrícola do país os gestores da política econômica criaram:
· Sistema Nacional de Crédito rural; e
· Política de Garantias de Preços Mínimos.
Esse sistema desenvolveu mecanismos que criaram a Aquisição do Governo Federal e o Empréstimo do Governo Federal ambos procuraram impedir grandes flutuações dos preços agrícolas do momento da safra até a entressafra. No campo de pesquisa e auxílio técnico aos agricultores a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA desempenhou nesse processo de modernização um aumento do grau de maquinário e quimificação das fazendas, promovendo o aumento da capacidade produtiva do setor. Tivemos um aumento da produção de bens exportáveis e também os produtos para o mercado doméstico (crescimento das plantações de café, algodão, laranja e soja). Nas plantações de cana-de-açúcar foi incentivada a produção de álcool combustível face os problemas com a importação de petróleo. O aumento da concentração fundiária foi o lado perverso desta modernização.

Autores: William César & Ariele Vicente