segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Ativos Intangíveis - A nova economia!!!

Resenha do texto: UMA NOVA MATEMÁTICA PARA UMA NOVA ECONOMIA (Alan M. Webber – FastCompany)


O Professor Baruch Lev de Contabilidade e Finanças da Escola de Negócio Leonard N. Stern da Universidade de Nova York afirma que o método a qual as empresas contabilizam seus lançamentos e elaboram os relatórios financeiros a mais de 500 anos praticamente tudo está errado. E propôs um novo método que determinará os valores dos ativos intangíveis, hoje esses ativos somam o núcleo da nossa economia.
O Professor Baruch também é enfático em detalhar a ciência contábil como exatidão dos números sólidos com profissionais detalhistas, expertise em suas técnicas contábeis, responsáveis e habilitados em executar tomada de decisão sobre os lucros e perdas da Organização. Uma ciência crescente e demandada por todos os segmentos. No entanto argumenta que nem sempre um bom contador garantirá uma boa visão sistêmica do negócio e do ambiente. Isso se dá pela importância da nova economia gerada pelos ativos intangíveis como, por exemplo, as idéias, marcas, patentes, métodos de trabalho e franquias. Este assunto afeta gerentes e analistas que ainda não sabem como lidar e tão pouco avaliar a contribuição e o desempenho que esses ativos proporcionam. Este fato gera um dúbio em explicar se uma determinada empresa está pagando a mais – supervalorizado – por um ativo baseado no conhecimento. Questões como essa não podem ser respondidas pelos métodos contábeis atuais.
Baruch é o mais articulado, cuidadoso e crítico quando o assunto é contabilidade tradicional, assim lançou-se como o pioneiro da pesquisa e desenvolvimento da contabilidade baseado no conhecimento e desenvolveu o “Knowledge Capital Scoreboard” método que consegue imputar a quantificação de números aos ativos intangíveis. Os ativos intangíveis estão substituindo os ativos físicos gradualmente nos últimos anos e os economistas apontam um cenário de transformação nos fatores de produção das empresas que geram valores e crescimento. Por outro lado a estagnação da mensuração contábil de todo o sistema não consegue acompanhar os avanços que os ativos intangíveis vêem provocando e afetando na tomada de decisão nos negócios. Não resta dúvida que os ativos intangíveis estão se tornando importantes, por isso há necessidade de acompanhar e estimar números para esse crescimento e transformação econômica.
Tentar definir uma conceituação ampla para ativos intangíveis torna-se difícil, nessa tentativa o Professor Baruch agrupou o assunto em quatro categorias, são elas: inovação do produto, associados com a marca, ativos estruturais e monopólio. O primeiro fala do esforço que a pesquisa e o desenvolvimento favorecem, o segundo relata sobre a força da marca da companhia permitindo alavancar seus preços e ainda sobressair na concorrência. O terceiro comenta a eficiência de fazer negócio – diferencial e por último o privilégio (método, instalações, etc.) que produzem barreira de entrada que eventuais concorrentes deveram passar. Um exemplo prático para esta ilustração é o caso da AMR Corp. uma empresa poderosa com 700 jatos e 100.000 funcionários. A diferença prática estar na limitação que os ativos tangíveis podem alavancar, você não consegue operar um mesmo avião em cincos rotas diferente ao mesmo tempo, mas consegue utilizar simultaneamente o sistema de computador da AMR Corp. o SABRE em cinco rotas diferente. A limitação do ativo intangível é abrangência do seu mercado, ou seja, uma economia de escala – maior a rede maior o retorno. Adquirir ou desenvolver um ativo de conhecimento não são caros, mas administrar sim. Outro lado negativo de implantar ativos de conhecimento ressai sobre invasão, violação e roubo de direito de propriedade dos ativos intangíveis, por exemplo, software. Por último a incerteza de retorno sobre o investimento ainda que seja uma grande idéia e um ótimo benefício. Os tangíveis saem na frente neste retorno.
A ciência contábil se baseia em comparação – receitas com suas respectivas despesas seu resultado é o lucro ou prejuízo, a outra parte da contabilidade é registrar as transações – criação e destruição de ativos. E é nesses lançamentos contábeis que o sistema falha quando tratamos de ativos de conhecimento seus valores são criados e destruídos sem que haja transações (maior parte da criação ou destruição precede qualquer transação). Há exemplo disso são os medicamentos aprovados e testados gerando um valor para esta descoberta, não houve troca ou transações (compra e venda), mas o valor foi gerado e tornou-se valioso. No caso de destruição quando uma empresa demora entrar no comércio eletrônico e suas parcelas estão sendo destruídas, não houve registro dessa transação. São estas dicotomias que pairam na contabilidade.
As barreiras de mudanças para esta nova economia esbarram na: dificuldade objetiva e na coalizão informal. Como os ativos do conhecimento são ligeiramente incertos e seus problemas de direitos de propriedade intelectual ainda são confusos, continua a luta por uma solução e definição adequada para sua aplicação sem gerar novos problemas. A segunda dificuldade de implantar mudanças está na oposição do sistema atual, não querem colocar um ativo que poderá não gerar valor ou perder valor. Se não for necessário de avaliar ativos intangíveis diminuirá a responsabilidade legal e também economistas, administradores e contadores estão satisfeito com o sistema atual.
As soluções propostas pelo professor Baruch está em seu trabalho, nem todas completas, porém todas úteis uma delas é aperfeiçoar o sistema contábil como um sistema eficiente da tomada de decisão e não tentar buscar algo novo por dizer que a contabilidade está morta. Sua outra proposta é seu trabalho de desenvolvimento um sistema que mensura ativos de conhecimentos e seus ganhos (intelectual/conhecimento) chamado de “lucros normalizados” método que é baseado nos lucros passados e futuros – olha o passado e também projeta o consenso futuro. O que não é possível com a contabilidade atual sem considerar ganhos futuros gerado pelo conhecimento. Ele cria uma média dos lucros normalizados e a partir destes resultados subtrai o retorno sobre os ativos físicos e financeiros – a base da sua teoria é que estes ativos são substituíveis. Tomamos como exemplo um laboratório de pesquisa de desenvolvimento com diversas unidades o seu pessoal assim como sua patente e seu conhecimento são exclusivos os equipamentos não. Assim o professor subtrai dos lucros normalizados um retorno razoável sobre aqueles ativos físicos e financeiros e então definindo o restante como lucro do conhecimento. Seus cálculos estão presentes nos ativos de conhecimento da Microsoft, Intel e Merck. E as compara com outras companhia como, por exemplo, a DuPont afirmando que não há muita lucratividade extraordinária. Segundo seus cálculos o professor obteve performance bem melhores que as projeções de lucro contábil.
O aprimoramento da ciência contábil estimula diversos profissionais que contribuem para melhora da nossa economia mundial sua boa prática e estudos beneficiam analistas, investidores e pessoas comuns, graças a esses profissionais estamos alcançando o desenvolvimento do conhecimento e elevando a cada dia nossa performance de entender como as coisa funcionam reduzindo a incerteza no processo de avaliação e assim minimizando o risco porque o mundo demanda qualidade de informações contábeis.

Obrigado!

William César