terça-feira, 26 de maio de 2009

Mudo o nome mais não o produto


Nem Sadia e nem Perdigão o nome agora é BRF (Brasil Foods S.A.), mas os produtos preferido dos consumidores da Sadia e Perdigão, não serão afetados pela fusão.

Carteira Sugerida

A Corretora ATIVA divulgou esta semana sua Carteira de Ações sugerida, confira abaixo:

*Eletropaulo (ELPL6) – Papel defensivo: fluxo de dividendos significativo que tende a se manter elevado no médio prazo. Resultados com bom nível de previsibilidade. Negociada a múltiplos descontados em relação às suas peers, com EV/EBITDA 09E de 3,5x ante Equatorial Energia, que opera a 4,2x, e Coelce, distribuidora do estado do Ceará, a 4,4x.

*Pão de Açúcar (PCAR4) – Opção defensiva, na medida em que seu mix de vendas é constituído principalmente por itens alimentícios. Considerando que ainda há incertezas quanto à velocidade de retomada do consumo no país e expectativas de aumento do desemprego, o papel está defasado frente ao setor. EV/EBITDA 09E 6,9x, vs. de 7,6 das peers.

*Itaúsa (ITSA4) – Veículo de compra de Itaú Unibanco, com desconto de 22% sobre ITUB4. Por ser a controladora do banco, se beneficia dos ganhos de escala e das sinergias auferidas na fusão entre os bancos, as quais deverão ser melhor aproveitadas a partir do 2T09. Além disso, o Itaú Unibanco está entre os bancos mais rentáveis do setor. Múltiplo P/L 09E de ITSA4 de 7,8x.

*Açúcar Guarani (ACGU3) – A Guarani é negociada a múltiplos abaixo de suas peers, com EV/Capacidade de moagem de R$114/ton, ante média de R$162/ton do setor, e se apresenta como uma boa opção de investimento no curto prazo. A tese é reforçada pela manutenção do patamar de preços do açúcar acima de USD 15 cents/libra peso.

*Marcopolo (POMO4) – Marcopolo mais uma vez deverá apresentar um bom resultado no 2T09, dado (i) o crescimento da produção em sua joint venture na Índia de 400 unid./mês no 1T09 para 1.000, (ii) fraca base de comparação no 2T08, com a implantação do SAP ano passado, (iii) possibilidade de liberação de empréstimo, por parte do Ministério das Cidades, de R$1 bilhão para renovação da frota de ônibus urbanos.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

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quarta-feira, 20 de maio de 2009

Palavra do Presidente

Em viagem política a China afirma:

"O Brasil precisa parar de se enxergar pequeno. O problema é que o Brasil tem mania de se achar pequeno"

Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva

Cadastro e Histórico Financeiro dos Consumidores

Em Brasília a Câmara dos Deputados aprovou na noite desta terça-feira, por 307 a 79 votos, um projeto que deve cria ferramenta contra a inadimplência no setor, o "cadastro positivo de consumidores", este banco de dados informará os bons pagadores da praça. Este projeto é considerado pelos economistas uma ferramenta importante para redução dos juros e do spread no país. Com esse cadastro os bancos e financeiras poderão analisar e medir o grau de endividamento total do consumidor com base no seu histórico de pagamento registrados. Mas para se tornar lei é preciso passar pelo Senado e ser sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.Essa prática criara uma caça aos bons pagadores da praça e aumentar a proteção do crédito aos comerciantes. Atualmente as consultas possuem a resposta se o cliente é ou não inadimplente. Contudo só é permitido esse cadastro com a devida permissão do cliente.

PERDIGÃO & SADIA

Com essa incorporação a gigante do frango aumenta sua participação do mercado:
Esta manhã foi divulgado que a Perdigão e Sadia anunciaram a assinatura de um
acordo de associação entre ambas as companhias. Uma operação que resultará na incorporação da Sadia pela Perdigão, através de trocas de ações.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Taxas de Juros

Esta postagem é uma cópia integral do material de estudo do Professor JARBAS THAUNAHY da Faculdade Mauá. Material que serviu para compreensão do tema.

No mercado financeiro utiliza-se as taxas de juros para remunerar o valor do dinheiro no tempo. Vale comentar que dependendo da operação financeira, será utilizado um tipo de taxa apropriado para a base de cálculo. São elas as taxas operante em nosso sistema:

Taxas proporcionais são taxas de juros fornecidas em unidades de tempo diferentes que, ao serem aplicadas a um mesmo principal durante um mesmo prazo, produzem um mesmo montante acumulado no final daquele prazo, no regime de juros simples.

* 12% ao ano é proporcional a 6% ao semestre;
* 1% ao mês é proporcional a 12% ao ano.

Taxas equivalentes são taxas de juros fornecidas em unidades de tempo diferentes que ao serem aplicadas a um mesmo principal durante um mesmo prazo produzem um mesmo montante acumulado no final daquele prazo, no regime de juros compostos.
O conceito de taxas equivalentes está, portanto, diretamente ligado ao regime de juros compostos.
Assim, a diferença entre taxas equivalentes e taxas proporcionais se prende exclusivamente ao regime de juros considerado. As taxas proporcionais se baseiam em juros simples, e as taxas equivalentes se baseiam em juros compostos.

Taxa nominal é a taxa de juros em que a unidade referencial de seu tempo não coincide com a unidade de tempo dos períodos de capitalização. A taxa nominal é sempre fornecida em termos anuais, e os períodos de capitalização podem ser semestrais, trimestrais, mensais ou diários. São exemplos de taxas nominais:

* 12% ao ano, capitalizados mensalmente;
* 24% ao ano, capitalizados semestralmente;
* 10% ao ano, capitalizados trimestralmente;
* 18% ao ano, capitalizados diariamente.

A taxa nominal, apesar de bastante utilizada no mercado, não representa uma taxa efetiva e, por isso, não deve ser usada nos cálculos financeiros, no regime de juros compostos.
Toda taxa nominal traz em seu enunciado uma taxa efetiva implícita, que é a taxa de juros a ser aplicada em cada período de capitalização. Essa taxa efetiva implícita é sempre calculada de forma proporcional, no regime de juros simples.
Conforme podemos observar, a taxa efetiva implícita de uma taxa nominal anual é sempre obtida o regime de juros simples. A taxa anual equivalente a essa taxa efetiva implícita é sempre maior que a taxa nominal que lhe deu origem, pois essa equivalência é sempre feita no regime de juros compostos. Essa taxa anual equivalente será tanto maior quanto maior for o número de períodos de capitalização da taxa nominal.

Taxa efetiva é a taxa de juros em que a unidade referencial de sue tempo coincide com a unidade de tempo dos períodos de capitalização. São exemplos de taxas efetivas:

* 2% ao mês, capitalizados mensalmente;
* 3% ao trimestre, capitalizados trimestralmente;
* 6% ao semestre, capitalizados semestralmente;
* 10% ao ano, capitalizados anualmente.

Nesse caso, tendo em vista a coincidência nas unidades de medida dos tempos da taxa de juros e dos períodos de capitalização, costuma-se simplesmente dizer: 2% ao mês, 3% ao trimestre, 6% ao semestre e 10% ao ano.
A taxa efetiva é utilizada nas calculadoras financeiras e nas funções financeiras das planilhas eletrônicas.

A taxa acumulada de juros com taxas variáveis é normalmente utilizada em situações de correções de contratos como, por exemplo, atualização de aluguéis, saldo devedor da casa própria e contratos em geral.
A composição das taxas pode ocorrer de duas formas, com taxas positivas ou com taxas negativas.

A taxa real de juros nada mais é do que a apuração de ganho ou perda em relação a uma taxa de inflação ou de um custo de oportunidade. Na verdade, significa dizer que taxa real de juros é o verdadeiro ganho financeiro.
Se considerarmos que uma determinada aplicação financeira rendeu 10% em um determinado período de tempo, e que no mesmo período ocorreu uma inflação de 8%, é correto afirmar que o ganho real desta aplicação não foram os 10%, tendo em vista que o rendimento correspondente sofreu uma desvalorização de 8% no mesmo período de tempo; desta forma temos de encontrar qual o verdadeiro ganho em relação à inflação, ou seja, temos de encontrar a taxa real de juros.

A taxa aparente é a taxa que se obtém numa operação financeira sem se considerar os efeitos da inflação.
Se a inflação for zero, a taxa aparente e a taxa real são iguais.

A taxa over equivalente é uma taxa usada pelo mercado financeiro para determinar a rentabilidade por dia útil, normalmente é multiplicada por 30 (conversão do mercado financeiro). Nas empresas, em geral, é utilizada para escolher a melhor taxa para investimento.
Esta prática ganhou maior importância principalmente no início dos anos 90. Várias aplicações são efetuadas tomando como base os dias úteis; entre elas temos as operações de CDIs – Certificados de Depósitos Interbancários.

A taxa média de juros tem como base teórica o conceito estatístico da média geométrica.
Do ponto de vista da matemática financeira, podemos calcular a taxa média de um conjunto de taxas extraindo a raiz enésima, tomando-se como base o número de termos do próprio conjunto de taxas.


Referências bibliográficas

* BRANCO, Anísio Costa Castelo. Matemática financeira aplicada: método algébrico, HP-12C, Microsoft Excelâ. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002.

* PUCCINI, Abelardo de Lima. Matemática financeira: objetiva e aplicada. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2004.

Da década perdida ao milagre econômico

Para este estudo analisaremos a economia brasileira durante o período compreendido entre 1960 à 1973, uma década conturbada cheio de mudanças principalmente no sistema político. O Brasil troca a democracia para vive um regime militar, esses militares implantaram no país uma linha de imposição ditatorial fortemente autoritário. Até a fase em que o Brasil vive seu melhor período da década o milagre econômico onde a média de crescimento do PIB girava em torno de 9% à 10% a.a, uma ampla liquidez que coincide com o crescimento econômico do país.
Podemos dizer que aceleração da inflação foi a maior herança que esta década recebeu do último governo, uma inflação monstruosa que chegava ao nível dos 90% em 1964, isso sem comentar a falta de investimentos nos diversos setores da economia, principalmente a infra-estrutura e a baixa taxa de crescimento da história brasileira. Muitas foram às explicações para crise principalmente a instabilidade política, quando Jânio Quadro assume o Governo, um homem conservador com uma política de moralizar a administração publica e acabar com a corrupção; estranhamente em agosto de 61 ele renuncia a presidência e assume o poder o vice eleito João Goulart, que teve dificuldade para tocar o mandado, permaneceu no exterior por causa dessa dificuldade e quando retornou o regime político estava sendo governado pelo parlamentarismo. Com Jango a frente foi realizado um plebiscito para retomada do sistema presidencialista. Devido as inúmeras turbulências no sistema político, uma iniciativa militar toma o poder – o golpe militar. A falta de harmonia no quadro político dificulta o calculo econômico do país para se projeta uma economia sólida e consistente e diminui a visão de longo prazo dos investimentos e do crescimento econômico. A luta de classe também foi um fato marcante da década de 60: povo vs elite.
Outra explicação para a crise foi o avanço acelerado da inflação, observando os instrumento de política econômica o Brasil adotou a política econômica restritiva onde buscou conter e controlar os gastos público, diminuir a liberdade creditícia e combater o excesso de política monetária. Mas é em 1965 que as taxas de inflação começaram a ser melhor controladas após ascensão ao poder militar. Devido a pouca efetividade da política no combate a inflação – instabilidade política econômica e falta do tempo de maturação da economia. A segunda fase da crise foi a visão estagnacionista, processo da industrialização por substituição de importações. A qual esse processo exige mais recursos financeiros e tecnológicos. Esses setores substituídos tiveram ganhos de grande escala exigindo assim também uma demanda maior, era necessário desenvolver o setor de bens de capitais e ampliar o setor de bens intermediários que estavam defasados e não suficientes para escala produtivas dos novos setores. Uma relação da demanda derivada e demanda primária. Outro ponto a ser abordado para a crise foi a necessidade de reformas institucionais, frente a ausência de investimentos no mecanismo de financiamento, visto que o setor público encontrava em déficit público – gastos realizados no Plano de Metas do Governo de JK. Nessas reformas vislumbrava a expansão do mercado consumidor e a identificação dos problemas que deteriorava a educação do país e impedia o desenvolvimento do crédito do consumidor. Viver com os altos índices de inflação nesta década era difícil principalmente quando não se tinha um instrumento de política monetária-fiscal.

Plano de Ação Econômica do Governo – PAEG
Em 1964 de forma autoritária e ditatorial quando os militares tomam o poder, assumem para si uma herança do governo anterior: instabilidade econômica, elevação da inflação e baixo crescimento econômico. O regime militar lançou um plano para conter esses avanços negativos, chamado: Plano de Ação Econômica do Governo – PAEG. Tinha como objetivo resolver os problemas econômicos como: retomada da estabilidade econômica (setoriais e regionais), acelerar o desenvolvimento econômico, conter o processo inflacionário, aumentar os investimentos gerando mais empregos e corrigir o desequilíbrio externo. Seu plano de ação foram:
Medidas de combate à inflação: Uma medida pessoal de lidar com a inflação trouxe a idéia de correção monetária dos valores à inflação e o tratamento gradualista em controle a aceleração inflacionária. Uma peculiaridade que resultou a queda da inflação para 20% a.a.
Veja algumas medidas de combate à inflação: redução do déficit publico, através da reforma tributária e aumento das tarifas públicas; restrição de crédito e aperto monetário o aumento da taxa de juros reais. Houve uma grande onda de falências, fusões e incorporações nos setores de vestuários, alimentos e construção civil; e existência de uma taxa de desemprego baixa trouxe o Governo adotar reajustes salariais, via política salarial objetivando conter as reivindicações.
Reformas institucionais: Foi identificada como ponto básico para esta reforma, a ausência de correção monetária numa economia com altíssimas taxas inflacionárias.
Veja algumas reformas institucionais: conjugada à Lei da Usura; Lei do Inquilinato; e a existência da desordem tributaria decorrido da ausência de correção monetária estimulava o atraso dos pagamentos para os casos de débitos fiscais para o caso dos ativos e do patrimônio das empresas apuração da tributação de lucros ilusórios.
Outras principais reformas foram:
Reforma Tributária: deu aumentou da arrecadação constituindo-se em um importantíssimo instrumento político. Outros elementos desta reforma:
· Introdução da correção monetária no sistema tributário;
· Alteração do sistema tributário o que transformou os impostos do tipo cascata em impostos do tipo valor adicionado. Criação do IPI, ICM e ISS;
· Alteração do espaço tributário onde a União ficou com o IPI, IR, impostos únicos, impostos de comércio exterior e ITR, os Estados ficaram com ICM, ISS e o IPTU, os Municípios ficaram com que se baseavam em parcelas do IPI, do IR e do ICMS. Sua distribuição se deu baseado na área geográfica, na população e no inverso da renda per capita fim favorecer os estados mais pobres; e
· Surgimento do FGTS e do PIS importantes fontes de poupança compulsória, destinada ao setor publico.
Reforma Monetária-Financeira: criar condições de condução independente da política monetária fim direcionar seus recursos nos montantes adequados para atividade econômica do país. Sua reformas:
· Instituição da correção monetária e a criação da ORTN (com a correção monetária tornou-se sem sentido a Lei da Usura), estimulando a poupança e a ampliação da capacidade de financiamento da economia a partir da permissão da prática de taxas de juros reais positivas.
· Criação do CMN e do BACEN. O CMN passou a ser o órgão normativo da política monetária onde define as regras e as metas a serem seguidas e o BACEN o agente executor da política monetária e também o agente fiscalizador e controlador do sistema financeiro. O BB constituía-se como agente bancário do Governo. Com essas criações procurou-se criar maneiras para que a política monetária fluísse de forma independente;
· Criação do SFH e do BNH. O SFH tinha como objetivo acabar com o déficit habitacional devido a ausência de financiamento do setor onde adotou linhas de recursos e agentes específicos. Já o BNH desempenharia a função de regulamentar e fiscalizar a atuação dos agentes do sistema (banco dos bancos no SFH) e também prestar serviços de assistências à liquidez. O FGTS, as letras imobiliárias e as cadernetas de poupanças eram as fontes de recursos utilizados para esta facilidade; e
· Reformas do mercado de capitais o que definia as regras e atuações deste mercado. Este quadro baseou-se no modelo norte-americano.

Reforma da Política Externa: esta reforma estimulava o desenvolvimento econômico sem agressão da Balança de Pagamento, onde atuava em melhorar o comércio externo do brasileiro para atrair capital de outros paises.
· Incentivos fiscais para estimular as exportações, modernização do órgão publico com o comércio internacional. Para os produtos importados adotou-se uma política tarifária como forma de controle, a simplificação e unificação do sistema cambial foi a principal medida adotada na área do comércio externo. Para atrair capital estrangeiro houve necessidade de reaproximação com a política externa norte-americana (Aliança para o Progresso), renegociação da dívida externa e ligações com o sistema financeiro internacional.

O PAEG reformou todo o sistema econômico brasileiro dando viabilidade e retomada do crescimento, para o Estado aumentou sua capacidade de intervenção na economia e como resultado principal o Governo conseguiu reduzir os altos índices inflacionários.

O milagre Econômico

Este foi o cenário econômico do país que teve as maiores taxa de crescimento do produto brasileiro e estabilidade dos preços na história. A média de crescimento do país estava acima dos 10% a.a e um destaque para o produto industrial, uma alta performance decorrido das reformas institucionais e da recessão do período anterior devido a ociosidade industrial possibilitando a retomada da demanda. Notavelmente esse milagre econômico coincide negativamente com o período de maior repressão política do slogan “Brasil ame-o ou deixe-o” onde o regime militar justificava sua atuação para colocar ordem na desordem econômica e política fim colocar o Brasil na rota do desenvolvimento, também foi um bom período para a classe média, a mais favorecida por este cenário onde se podia observar um grande poder aquisitivo – compra de carros. Todos esses resultados foram diretrizes do Governo que tinha como premissa colocar o crescimento econômico do país como objetivo principal, contendo o avanço da inflação, porém aceitava-se um convívio de uma taxa de inflação de 20% a 30% a.a, à chamada política gradualista. A inflação de demanda como era vista passou a ser observada como uma inflação de custos que resultou na criação do Conselho Interministerial de Preços – uma política de controle de preços. A injeção dos investimento estaria no setor privado onde o Estado teria menor atuação. Esse crescimento trouxe muitos resultados como a retomada do investimento público em infra-estrutura o que possibilitou a recuperação financeira do setor devido as reformas e os mecanismo de endividamento interno. Com o aumento dos investimentos tivemos as iniciativas estatais com a criação da Petrobrás e a antiga Vale do Rio Doce foram grandes marcos de empresas estatais. Após a reforma financeira tivemos uma demanda por bens duráveis devido à grande expansão do crédito ao consumidor, essa expansão do mercado consumidor trouxe fartos crescimentos. Pegando carona no crescimento a mercado de construção civil teve seus bons resultados, 15%a.a devido a injeção dos investimento público neste campo. Nossas exportações crescia a cada melhora nas negociações de política externa e incentivos fiscais, aumentando assim o volume de exportações. Os setores econômicos que tiveram desempenhos modestos foram os setores de bens de consumo leve não duráveis com a agricultura. O setor de bens de capitais teve leve crescimento devido a capacidade ociosa na primeira fase e com o tempo tivemos um aumento desta demanda por bens de capital o que fez resultar o maior crescimento na segunda fase. Para o setor de bens intermediários a taxa alcançou 13,5 a.a.
Outra abordagem da historia da economia brasileira desta década foi à expansão econômica do setor de bens de capitais e de bens intermediários que geraram pressões por importações, essas pressões poderia levar o país captar recursos externos para cobrir a balança de pagamento se não fosse o crescimento das exportações do comércio brasileiro. A primeira onda da dívida externa no período cresceu para U$ 9 bilhões. Para este aspecto destacamos a elevada participação e intervenção do setor publico na economia onde o Estado controlava os principais preços da economia (câmbio, salário, juros e tarifas) e respondia pela maior parte de investimentos da administração publica as empresas estatais respondiam por 50% da formação bruta de capital por meio de captação de recursos. Esta concentração de renda foi a principal crítica para este milagre. Uma concentração estratégica necessária para aumentar a capacidade de poupança da economia, financiar os investimentos e como efeito o crescimento econômico, essa teoria ficou conhecida como a teoria do bolo, onde o bolo deveria crescer primeiro para que depois todos pudessem usufruir. Porém o bolo econômico cresceu mas não foi dividido igualmente entre as partes. Nesta fase do bolo econômico o país demandava mão-de-obra qualificada dada à escassez dos profissionais especializados, houve então um aumento da renda desses profissionais qualificados já que a oferta estava em alta. O aumento da renda per capita da população cresceu e as classes ricas e médias foram as mais favorecida nas melhorias de condições de vida. Vale notar que o Brasil teve crescimento econômico e não desenvolvimento econômico.

Modernização Agrícola
Visando a modernização agrícola do país os gestores da política econômica criaram:
· Sistema Nacional de Crédito rural; e
· Política de Garantias de Preços Mínimos.
Esse sistema desenvolveu mecanismos que criaram a Aquisição do Governo Federal e o Empréstimo do Governo Federal ambos procuraram impedir grandes flutuações dos preços agrícolas do momento da safra até a entressafra. No campo de pesquisa e auxílio técnico aos agricultores a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA desempenhou nesse processo de modernização um aumento do grau de maquinário e quimificação das fazendas, promovendo o aumento da capacidade produtiva do setor. Tivemos um aumento da produção de bens exportáveis e também os produtos para o mercado doméstico (crescimento das plantações de café, algodão, laranja e soja). Nas plantações de cana-de-açúcar foi incentivada a produção de álcool combustível face os problemas com a importação de petróleo. O aumento da concentração fundiária foi o lado perverso desta modernização.

Autores: William César & Ariele Vicente