quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Passeio econômico 11.10.2011


A economia mundial vem passando por intensos solavancos de crises financeiras, a começar pela crise do subprime desencadeada em 2006, mas com efeitos nocivos em 2008 – quebra da liquidez dos bancos americanos decorrida de empréstimos hipotecários de alto risco. Em 2010 crises fiscais na Grécia se alastrando por outros países na zona do Euro, gerando assim uma crise sistêmica européia em 2011, no mesmo ano (2011) EUA passou por um grande aperto de confiabilidade de bom pagador (Títulos do Tesouro Americano) caso o Congresso não aprovasse o teto da dívida pública americana. Aliado a isso e outros fatores de projeções econômicas a Standard & Poor's rebaixou o nível de confiabilidade da economia americana de honrar suas dívidas e pela primeira vez os EUA tiveram sua nota reduzida de AAA para AA+.

A economia mundial só não entrou em recesso graças aos países emergentes Brasil, Rússia, Índia e em maior peso a China. Esses países foram responsáveis pelo a continuidade da atividade econômica mundial. O Sistema Financeiro brasileiro se mostra muito resiliente as pressões externa (câmbio) e interna (juros e inflação), não é a toa que as políticas econômicas adotadas pelas autoridades monetárias estão surgindo efeito, a ordem do dia é não deixa a economia parar e a inflação fugir do controle.

Mas até quando o Brasil suportará os efeitos das crises mundiais? Nossas reservas cambiais estão esvaindo, os gastos do governo assumem proporções maiores em relação a oito anos atrás e pela primeira vez vejo pressões pela luta contra a corrupção e reformas tributárias. O impostômetro em setembro deste ano registrou mais de um trilhão em tributos arrecadados, agora como justificar a instituição de um novo tributo para financiar a saúde pública?